Desde quando assisti pela primeira vez o vídeo Holding Up Half The Sky – Women in Aikido, fiquei interessada em conhecer a sensei Yoko Okamoto, intrutora-chefe do Aikido Kyoto. Ela começou a treinar no Hombu dojo mas viveu por muitos anos nos Estados Unidos e foi aluna, entre outros, de Shibata sensei e Christian Tissier sensei. Em 2003, retornou ao Japão e montou seu dojo em Kyoto que, claro, entrou imediatamente na minha lista de cidades a conhecer. Durante a minha viagem ao Japão em setembro/outubro deste ano, seu dojo foi um dos três onde pude praticar.
Desde quando assisti pela primeira vez o vídeo Holding Up Half The Sky – Women in Aikido, fiquei interessada em conhecer a sensei Yoko Okamoto, intrutora-chefe do Aikido Kyoto. Ela começou a treinar no Hombu dojo mas viveu por muitos anos nos Estados Unidos e foi aluna, entre outros, de Shibata sensei e Christian Tissier sensei. Em 2003, retornou ao Japão e montou seu dojo em Kyoto que, claro, entrou imediatamente na minha lista de cidades a conhecer. Durante a minha viagem ao Japão em setembro/outubro deste ano, seu dojo foi um dos três onde pude praticar.
É bem estranho quando alguém tenta descobrir seu nome procurando o bordado na parte de trás do seu hakama. Não temos esse hábito no Brasil, mas a maioria dos praticantes no Japão aplica os kanjis do nome da família (para os orientais) ou os caracteres traduzindo o som do nome (para os ocidentais) em um bordado amarelo no lado direito traseiro da abertura do hakama. Daí que o aluno perguntou a uma outra pessoa o seu nome e, não sabendo do costume, ficou bastante incomodado porque o outro só apontava o local onde estava o bordado...
Arte marcial é cultura, pois na maioria das modalidades tradicionais, representa épocas homéricas da história dos países e seus conflitos. Guerras imperiais, revoluções épicas, guerrilhas feudais, primórdios da espionagem militar, entre outros fatos históricos, foram protagonizados por artistas marciais, famosos ou anônimos, que escreveram as páginas do desenvolvimento marcial até a atualidade.
Cada modalidade é distinta, pois absorve os elementos religiosos, folclóricos e físicos característicos ddos povos e regiões de origem, tornando assim, o tema amplo e altamente diversificado.
Fabio Bueno
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Produção: BR_designers
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Autores: Fabio Amador Bueno e José Augusto Maciel Torres
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Ano: 2009
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Primeiro texto sobre as imagens que fiz durante a viagem ao Japão. O tema é Pontes. Algumas pequenas, outras enormes. Tokyo e outras cidades que visitei estão cheios delas, cada uma com sua beleza. Se clicar na imagem, ela fica em tamanho natural.
Pontes do Yokoami-cho garden
Essas são pontes de uma pequeno jardim bem no meio do bairro Ryogoku, em Tokyo. O lugar é lindo está a meio caminho de Asakusa, num espaço tomado por prédios e grandes construções, bem a beira do Rio Sumida. Na última imagem, dá para ver o telhado do Kokugikan, tradicional arena do Sumo na Cidade.
Abaixo, as pontes coloridas sobre o Rio Sumida. São as Rainbow Bridges, que são vistas bem de perto para quem faz o passeio de barco pelo rio.
Pontes sobre o Rio Sumida, Tokyo
E por último, as pontes de Nikko. A primeira, a Ponte Sagrada, fica situada bem próxima a entrada do parque nacional, na cidade de Nikko, onde fica também o mausoléu do Togugawa Itse, figura militar importante do período Edo no Japão. A outra, é a pequena ponte sobre o riacho que corre em frente ao templo da deusa das águas, Mizuhanome Kami, bem no topo dos vários montes do parque em Nikko.
Depois de um bom período sem textos, o “Onegaishimasu” está de volta. Foram muitos acontecimentos juntos: exame, preparação da viagem (incluindo aí vistos, troca de moeda, seguro, passe de trem, passagens, hospedagens, compromissos), a viagem em si e o retorno, que é sempre conturbado quando se fica tanto tempo longe de casa e das suas obrigações. Nesse período do outro lado do mundo, passei por muitas experiências ótimas e adquiri conteúdo para refletir muito, além de, claro, fotos, muitas fotos… Por isso, a partir de hoje, inauguro a seção “Imagens do Japão”, que acaba contando um pouco como foi minha experiência por lá. Abraços!

Hoje começa uma viagem "aikidoística" ao Japão e que durará cerca de 1 mês. Nesse período, o "Onegaishimasu" terá textos previamente programados e talvez a resposta a comentários e e-mails fique um pouco lenta, dependente da disponibilidade de rede encontrada lá.

É o que eu ouço constatemente dos amigos no dojo, por e-mail ou telefone. E não sei o que responder. Não mesmo... Quer dizer, mudei a cor da faixa, sento na fileira da frente e algumas pessoas agora me chamam de "sempai" mas na essência nada mudou de verdade. O curioso é que eu também achei que seria diferente e fiquei esperando por isso então entendo as pessoas fazerem esse tipo de comentário mas o pai de um aluno me perguntou outro dia:
—Já começaram a te cobrar mais?
Humm... Talvez eu que não tenha percebido algo...
Imagem: istockphoto

O aluno havia sido aprovado no seu exame para o grau de shodan e ganhou a faixa preta do seu sensei, que tirou a que usava na hora e a ofereceu de presente. Acontece que o aluno já havia comprado uma faixa, o que fez com que alguém comentasse:
—Mas porque você trocou uma faixa novinha por essa aí, toda surrada e tão velha?
O que se treina para um exame de shodan? É possível estar preparado em apenas alguns meses? Acredito que, a princípio, não... Depois de algum tempo treinando para o meu próprio exame, penso que as bases de qualquer prática vão se construindo com o passar do tempo e com a experiência de cada um. Já ouvi várias vezes, e concordo com isso, que cada pessoa começa a treinar aikido com uma determinada expectativa e que, aos poucos, pode ir se transformando em outra. Toda essa modificação (ou a falta dela) faz parte da construção do aikidoca que um dia fará seu exame de shodan, normalmente considerado um marco na prática do aluno. O que se vai adquirindo ao longo de tantos anos não pode ser aprendido em poucos meses exatamente por se tratar de um conhecimento totalmente dependente da vivência e da experiência. A repetição da forma das técnicas sem seu conteúdo talvez possa ser memorizada em pouco tempo, ou ainda a atitude correta pode estar lá mas sem a forma correta não tem eficiência. Por isso, hoje acredito que todo dia dentro do dojo (seja no treino diário, no seminário ou no exame) é tão importante quanto aqueles em que se sua o dogi em simulados.
Umas das principais preocupações de saúde pública no momento é a evolução da gripe provocada pelo vírus influenza A (H1N1). Apesar de não ser um assunto diretamente ligado ao blog, a hora agora é de disseminar informações e não existe ferramenta mais ágil que a internet. Além disso, os aikidocas estão sempre em contato direto com um grande números de pessoas ao mesmo tempo em locais quase sempre fechados nessa época do ano.
O médico sanitarista e ministro da saúde José Gomes Temporão acaba de dar uma longa entrevista no Programa do Jô onde tratou do tema. O ministro se expressa muito didaticamente e tem vários vídeos no youtube sobre os diversos aspectos do assunto (como este abaixo):
O principal ponto tratado foi o fato de que o vírus H1N1 ainda tem as mesmas características do vírus da gripe comum, seja em relação a sua estrutura, seja em relação à doença que causa. Este fator é fundamental para entender as medidas de prevenção e tratamento que devem ser tomadas. Abaixo, um pequeno resumo da entrevista:
Situação atual
No Brasil, o momento atual é de “transmissão sustentada”, o que significa que o vírus já circula livremente pelo país e não mais é trazido somente de fora das fronteiras, ou seja, não é preciso mais viajar ou ter contato com quem viajou para se contrair a gripe. Inicialmente, quando o vírus vinha de fora, cada pessoa com sintomas era testada, monitorada, acompanhada e tratada, assim como todos que tiveram contato com ela. Isso permitiu que uma eficiente barreira sanitária evitasse a proliferação do vírus no país por, segundo os dados oficiais, cerca de 80 dias. Em algum momento essa barreira foi rompida (em virtude de grande número de pessoas envolvidas) e foi diagnosticado o primeiro caso (em Osasco na grande São Paulo) em que não foi possível estabelecer uma relação entre o paciente e alguém que pudesse ter trazido o vírus de fora. A partir deste momento, deixou de ser necessário realizar o exame que diagnostica os todos os casos de gripe causados pelo vírus H1N1, exceto naqueles que evoluem para sintomas graves.
Sintomas
Como qualquer gripe, o período de incubação do H1N1 é de 3 a 7 dias, ou seja, o vírus leva aproximadamente esse tempo para se reproduzir e causar os sintomas. A partir daí, a evolução leva 7 dias e a gripe tem os mesmos sintomas dos de um gripe comum:
- febre alta (mais que 38 graus)
- tosse
- dores no corpo (músculos e articulações)
- dor de cabeça
Conduta
A orientação é que aparecendo os sintomas, se procure o médico da família ou o posto de saúde mais próximo. NÃO é necessário se dirigir ao hospitais, que devem estar liberados para tratar os casos graves da doença. Nos casos leves (a maioria), o paciente deve permanecer em casa, de preferência longe do resto da família e evitar compartilhar objetos de uso pessoal (copos, talheres, etc.).
Diagnóstico e tratamento
Segundo o ministro da saúde, dos casos graves, 17% são causados pelos vírus influenza normal e 14% pelo H1N1. Como as duas gripes tem a mesma forma de contágio, sintomas e tratamento, não há nenhuma necessidade de ser realizar o diagnóstico “de certeza” de qual vírus se trata. Nos dois casos, as pessoas recebem o mesmo tratamento, inclusive os mesmos medicamentos, e apenas aquelas que evoluem para sintomas graves de gripe devem receber o antiviral fosfato de oseoltamivir (Tamiflur). Aliás, é importante que o vírus H1N1 tenho o mínimo contato possível com o antigripal para diminuir a possibilidade de desenvolvimento de resistência.
Prevenção
Os vírus causadores das gripes são transmitidos pelo contato direto e o H1N1, após alguém infectado ter tossido ou espirrado, pode resistir por até 72 horas nas gotículas expelidas. A orientação é que todos lavem bem as mãos (palma, dorso, unhas e entre os dedos) várias vezes ao dia com água e sabão ou álcool em gel. A máscara cirúrgica deve ser utilizada somente pelos DOENTES no trânsito ao hospital ou médico (e outras ocasiões pertinentes). O uso pelas pessoas saudáveis, além de ser ineficaz a médio prazo, pode criar um microclima no espaço do interior da máscara que favorece a cultura de fungos e bactérias.
No tatame
Nós, que geralmente chegamos ao dojo vindos dos mais diversos lugares, podemos, além de seguir as orientações básicas, também fazer a higienização das mãos ANTES de entrarmos no tatame para prevenir a difusão do vírus entre os colegas e, claro, ao sair dele, para evitar levá-lo para casa. Além da limpeza rotineira na área do tatame propriamente dita que deve merecer mais cuidados.
Informações
Site: www.saude.gov.br
Telefone: 0800 61 1997
Por favor, quaisquer dicas, correções e colaborações no e-mail onegaishimasu.blog@gmail.com ou nos comentários.


Já ouvi várias vezes, e concordo, que cada pessoa inicia sua prática de aikido com uma determinada expectativa. Pode ser deixar de ser sedentário, buscar auto-conhecimento, equilibrar o stress ou a agressividade ou mesmo se integrar a um grupo social. Conheço pessoas que desejavam aprender a se defender fisicamente e outras que vieram treinar porque conheciam a arte há muitos anos e sempre se identificaram com a filosofia relacionada à sua prática. Qual destes objetivos era o meu? Qual era o seu? Qual deles é "mais válido"? Penso que nenhum... ou todos.
Todos os dias nos dojos do mundo afora pessoas com desejos diferentes treinam juntas e em harmonia. Na verdade, harmonia é a palavra-chave e o que permite a convivência de pessoas tão diversas é a tolerância com que tratam umas às outras e aceitam suas expectativas. Alguém que quer aprender a respirar melhor pode treinar em total sintonia com outro preocupado apenas com a eficiência da técnica. Outro, que acha lúdico o treino de ukemis, consegue tirar proveito do treino com alguém que acha aborrecido e quer mesmo é treinar com armas. Acontece que todas essas pessoas acabam, cada uma em seu caminho, se dirigindo para o mesmo lugar. Depois de um tempo, essas diferenças se tornam irrelevantes e mesmo que esses caminhos não sejam necessariamente os mesmos (porque o ponto de partida não foi), a tendência é, se não o abandono do objetivo único inicial, a agregação de outros fatores. É a prática que nos leva a chegar nesse ponto comum que, para mim, representa uma evolução pessoal, um desenvolvimento do nosso espírito.
NOTA (para todas as meninas que perguntaram): Como mulher aikidoca, raríssimas vezes fui vítima de alguma intolerância mas, quando aconteceu, foi muito chocante, exatamente por ser tão inesperado. Ter um julgamento sobre alguém por ser mulher, criança, forte, magro ou ter um estilo de treino diferente do nosso é normal, nós analisamos o que nos rodeia com base no que vemos. Deixar de treinar com alguém ou achar que que esse alguém é menos capaz por suas características, além de significar ter uma ideia preconcebida, um preconceito, é discriminação. Um exemplo clássico é quando alguém diz que outro treina de uma forma "errada" só porque é diferente da "sua" forma ou a do seu sensei, ou seja, uma visão pobre justamente porque é baseada tendo apenas a si próprio como referência. Também já ouvi alguém dizer que tem medo de treinar com mulheres por causa da probabilidade de machucá-las. Penso que qualquer pessoa espera que o seu parceiro de treino pratique tendo em mente sua limitação (e capacidade!) técnica e não sua condição de mulher (ou qualquer outra, veja esse post). Apesar disso, acredito que o mais importante é que esse tipo de atitude também muda naturalmente com o passar do tempo confome nós vamos evoluindo, elevando muito nossa possibilidade de aprendizado.
No texto sobre a palavra "sensei" há uma pequena citação a respeito da utilização do termo "waka", que diferencia o membro mais jovem da família onde há mais de um sensei (professor, médico, sacerdote), evitando confusão entre as pessoas de mesmo sobrenome. No caso do aikido, frequentemente usamos a expressão "waka sensei" para o filho do doshu em exercício.
O primeiro doshu (algo como o mestre do caminho) foi o fundador do aikido, Morihei Ueshiba, sucedido por seu filho Kishomaru Ueshiba em 1969. O terceiro doshu, Moriteru Ueshiba, assumiu o cargo em 1999 e hoje quem chamamos de waka sensei é Mitsuteru Ueshiba, seu filho. Abaixo, pequenas demonstrações no 47th All Japan Aikido:
Nota: tive o prazer e a honra de treinar com o doshu Moriteru Ueshiba em sua visita ao Brasill em 2006 mas nunca havia visto o waka sensei praticando até encontrar o vídeo no ótimo blog português Aiki. Obrigada, Paulo!

Perguntas frequentes que se ouve na secretaria de um dojo quando alguém vem pedir informações sobre aikido:
— Posso treinar com qualquer kimono? Tenho um preto com costuras douradas...
— Em quanto tempo faço o primeiro exame?
— Em quanto tempo "viro" faixa preta?
— Em quanto tempo eu consigo me defender na rua?
— Mas é tudo combinado, né?
— Dói?
— Tem de aprender a falar japonês?
— Como são as competições?
— Não tem competição? Então para que serve?
— Consigo emagrecer treinando duas vezes por semana?
— Ah, tem mulher treinando, é?
— Ah, as "lutas" não são separadas por categoria, não? Nem por peso do praticante?
— Por que tem umas pessoas que usam essa saia?
— Aikido é "tipo" judo?
— Aikido é "tipo" jiu jitsu?
— Aikido é "tipo" taekwondo?
— Aikido é "tipo" Karate Kid (o filme)? Contei esse episódio aqui...
*Frequently asked questions (perguntas mais frequentes)
Há alguns dias o blog Onegaishimasu recebeu a milésima visita única. Lá no final da barra lateral do blog há um contador (Statcounter) que registra cada um dos acessos e que permite a visualização de informações como os assuntos mais procurados, links de entrada e saída, região do país de onde vem as visitas ou quantas vezes o mesmo endereço de IP acessou alguma página. Essas 1000 visitas são aquelas de acesso único, ou seja, cada vez que o visitante entra no blog é registrada, independente de quantas páginas ele leu ou o quanto navegue pelos hipertextos. É um número muito expressivo para um blog pessoal e mais ainda por se tratar de um assunto tão restrito e pouco conhecido. Isto significa confiança, então só posso dizer muito obrigada a todos que se interessam pelo Aikido e leram alguns dos textos daqui. Domo arigato gozaimashita!!!!!

Com sua devida permissão, decidi publicar este relato para ilustrar o fato de que, mesmo que objetivo principal seja mostrar, como bem citou meu colega, gratidão e respeito pela pessoa que fundou a arte que praticamos e por aquelas que se propoem a nos ensiná-la, cada um pode ter suas próprias motivações durantes o rituais que iniciam e terminam os treinos. Durante o mokuso, por exemplo, costumo me concentrar e desejar fazer (ou agradecer por) um bom treino mas sei de pessoas que fazem pequena orações, recitam mantras ou ainda realizam exercícios de respiração. Da mesma forma, o zarei (quando há) pode ser opcional se o aluno não se sente à vontade de realizá-lo por qualquer motivo (sempre com uma consulta prévia ao sensei, que conseguirá esclarecer qualquer dúvida). Todas essas atitudes são válidas e guardam a mesma essência de boa vontade.
Aqui abaixo, dois vídeos de inspiração para técnicas de tanto tori, o primeiro de uma demonstração (estilo Iwama) e o segundo do estilo Aikikai com Yamada sensei:
Estilo Iwama - kote gaeshi, ikkyo, kubi shime, shiho nage, sankyo, kokyo.
Yamada sensei - mae waza, katatori tsuki, tsuki, ushiro katate kubishime (clique no link, este vídeo não pode ser incorporado)

— Sensei, acho que eu tenho um problema...
Imagem: Educar Já!

Segundo a aikidoca e produtora do vídeo, Malory Graham, a inspiração foi perceber que a maioria dos seminários realizados ao redor do mundo eram ministrados instrutores homens, enquanto que as mulheres, de mesma graduação ou maior, eram ignoradas neste aspecto.
As entrevistas ali contidas foram, muitas vezes, gravadas nos dojos onde as aikidocas eram chefes dos instrutores. Editado em 2004, o objetivo era dar visibilidade ao aikido praticado pelas "top ten" mulheres da United States Aikido Federation que, na época, possuiam graduação de 5o dan ou mais. Participam Penny Bernath (instrutora sênior do Florida Aikikai, 6o dan), Barbara Britton (instrutora do Framinghan Aikikai, 6o dan), Coryl Crane (instrutora chefe do North County Aikikai, shihan 6o dan), Lorraine DiAnne (instrutora chefe do Westside Aikikai, shihan 6o dan), Gloria Nomura (instrutora chefe do San Francisco Aikikai, shihan 6o dan) Yoko Okamoto (fundadora do Portland Aikikai e instrutora chefe do Aikido Kyoto, 6o dan), Jane Ozeki (instrutora do New York Aikikai, 7o dan), Kristina Varjan (shihan 6o dan), Susan Wolk (instrutora do Aikido of Northampton por 25 anos, secretária geral da U.S. A. F., 6o dan) e Gina Zarrilli (6o dan).
Abaixo, um extrato com Penny Bernath sensei:
NOTA: O site do projeto traz informações adicionais e o vídeo, em formado DVD ou VHS, pode ser adquirido com pagamento via PayPal e enviado para todos os países.

O kamiza ou shomem é o lado principal da área de treinamento de um dojo (veja "estrutura do dojo") e pode conter, entre outros elementos,um kamidana, a foto do fundador e uma caligrafia emoldurada. Alguns dojos costumam colocar também flores um conjunto de armas do sensei ou ainda fotografias que ilustrem sua linhagem de treinamento, desde seu mestre imediato até o doshu ou fundador do seu estilo de aikido.
Segundo o site Japão Tradicional, a expressão kamidana quer dizer literalmente a base onde fica o kami (divindade) e deve conter apenas os pertences relacionados ao altar, como um shinden, que significa "a casa do kami" e é uma pequena réplica de templo budista/shintoísta.

- Mae kaiten - rolamento para frente (vídeo)
- Mae yoko - rolamento frontal com finalização lateral (básico, avançado)
- Ushiro hanten - queda* para trás com parada (vídeo)
- Ushiro kaiten - rolamento para trás com giro completo (vídeo)
- Ushiro mae kaiten - rolamento de mae kaiten para trás
- Ushiro mae yoko - rolamento de mae yoko para trás (vídeo)
- Ushiro otoshi - queda* de costas (vídeo)
- Ushiro yoko hanten - queda* para trás com finalização lateral com parada
- Ushiro yoko kaiten - rolamento para trás com finalização lateral
せんせい - Sensei - (se-n-se-ê)*
Recebi o seguinte e-mail do leitor do blog Yeddo Soledade: "Soraya, você poderia escrever sobre o que é um sensei? Não a respeito do que significa mas como alguém se torna sensei ou quando isso acontece... a partir de qual graduação ou porque é assim..."
O Yeddo é meu amigo, nos conhecemos quando morei por um tempo no nordeste e treinamos juntos no mesmo dojo em Salvador, na Bahia. Sua colaboração veio já há muitas semanas mas essa foi uma pesquisa difícil de ser feita apesar de já estar escrevendo o texto sobre a qualificação de instrutores da Fundação Aikikai. E a razão é bem simples: há muita variação e pouco material escrito sobre o assunto. Não há regras e cada organização ou mesmo dojo trata do assunto de uma forma diversa. Apesar disso, alguns pontos parecem ser consenso e é deles que o post trata.
O título registrado de "sensei" (como os shidoin, fukushidoin e shihan) não existe e a palavra quer dizer literalmente "aquele que veio antes". No Japão, o termo sensei é usado para professores, mestres e líderes religiosos (como monges), mas nas artes marciais tem a conotação, quase sempre, daquele que tem experiência para ensinar e orientar os discípulos. Normalmente, os alunos mais iniciantes têm a tendência de identificar qualquer yudansha como sensei mas, apesar de algumas artes marciais adotarem essa postura, o mais comum no aikido é que o termo seja exclusivo daqueles de mais alta graduação, normalmente acima de 3o dan. Umas das melhores explicações que ouvi foi a que um sensei é um "guardião das tradições" e que, portanto, precisa conhecer e respeitar essas tradições, o que talvez seja muito prematuro para alguém tão iniciante quanto um aluno de 1o ou 2o dan. Lembrando que na cultura oriental o aluno se torna shodan relativamente cedo e se considera que a partir daí se inicia a parte mais importante do aprendizado.
Para nós, o sensei mais conhecido é, claro, o fundador Morihei Ueshiba, conhecido como o-sensei ou "grande sensei", título que é utilizado também para outros mestres importantes como, o fundador do karate kyokushin, Masutatsu Oyama sensei, por exemplo. O termo waka sensei (jovem sensei) é relacionado ao membro mais jovem de uma família (ou de pessoas que tem o mesmo nome) e é utilizado para designar o filho do doshu, que por ser o mais velho é chamado de daisensei.
*No Brasil e na maior parte do ocidente, a palavra sensei é pronunciada da mesma forma que é escrita mas, em japonês, o "i" final é suprimido.
O autor do vídeo propõe um método no estilo "passo-a-passo" que é iniciado com exercícios de "solo" e que vão progredindo até o ukemi aéreo completo. Uma outra abordagem é feita também pelo sensei Donovan Waite no "Meeting The Mat", sobre o qual já foi feito uma resenha aqui no blog.