nó

Existem várias maneiras de prender o obi (faixa) do uniforme de treino e cada pessoa pode se adaptar melhor a um determinado tipo de “nó”. A escolha na maioria das vezes recai no modelo que se aprendeu com o sensei, no padrão do dojo ou até mesmo no primeiro que se conseguiu fazer. Raramente existe, em um dojo,  um “nó” padrão que todos devem usar mas a animação acima é uma representação de um tipo muito tradicional usado por diversas outras artes marciais. 
Geralmente, as faixas mais comuns que usamos (de aproximadamente 4 cm de largura) são ajustadas com duas voltas completas ao redor do corpo, então se as pontas do obi forem inseridas entre essas duas “camadas” que se formam (a animação não mostra), esse tipo de laço se torna dificílimo de desfazer durante a movimentação do treino. É possível usá-lo com e sem hakama e é muito simples de ser feito. Pode ser ensinado rapidamente para as crianças e geralmente resiste bem ao treino infantil.

 ATUALIZAÇÃO: a Lucia, leitora do blog, deixou uma observação muito boa nos comentários a respeito da aparência geral da faixa. Ela lembrou que é muito importante que as duas pontas do obi fiquem com o mesmo tamanho, o que é bem fácil de fazer ajustando o nó antes do aperto final. Eu acredito que os nós mais elaborados ficam bem melhores quando se usa uma faixa mais rígida mas claro que é possível de fazer com as faixas "molinhas" também.

Comments (6)

On 22 de março de 2010 às 12:41 , Anônimo disse...

Oi, Soraya!

Muito bom falar sobre o nó da faixa... Vale mencionar que é muito importante que ambas as pontas fiquem com o mesmo comprimento...

Também já vi muitas pessoas cortarem a faixa porque é muito longa, se isso for necessário, é importante fazer um acabamento, senão a faixa começa a desfiar, e, além de ficar muito feio (com ou sem hakama), perde-se muito rápido. Por fim, também já vi algumas pessoas tingirem uma faixa mais 'molinha' para utilizar como faixa preta. Eu particularmente acho legal termos uma faixa originalmente preta, mas se isso for necessário (muitas vezes a faixa grossa incomoda a coluna nos rolamentos), deve-se tomar cuidado para não tingir o dogi sem querer...

O que você acha?

Beijos

Lúcia

 
On 22 de março de 2010 às 16:39 , Du disse...

Eu gosto mais do nó "budista" :) (E nem sei se esse é realmente o nome do nó ;) rsrs)

 
On 23 de março de 2010 às 13:07 , Soraya Teixeira disse...

Du,

eu não conheço esse nó (pelo menos não conheço o nome). Como é?

 
On 23 de março de 2010 às 13:47 , Soraya Teixeira disse...

Oi, Lucia!

muito bem lembrado! Acabei de fazer uma atualização no texto e vou escrever outro a respeito do que você comentou, o que eu achei ótimo.
Eu mesma já cortei algumas faixas porque, no meu dojo, nós "herdamos" as coloridas uns dos outros e, geralmente, elas ficam muito grandes para mim. Eu desmonto a ponta cortada e faço o acabamento imitando o outro lado. É um arremate caseiro mas sempre ficou bom.
A faixa preta geralmente é a que nós compramos mesmo e pode ser uma boa saída tingir uma branca que vem com o dogi mas, nesse caso, tem de fixar bem a cor (com fixador comercial ou sal de cozinha) porque pode mesmo manchar o kimono. A minha (que foi comprada já preta) eu tive de lavar umas duas vezes porque soltava muita tinta na roupa. O resultado é que ela é nova mas está um pouco desbotada... Acho que é uma questão de qualidade mesmo. Outro ponto ruim de tingir é que geralmente as faixas brancas são mais fininhas e pessoalmente prefiro as mais rígidas.

Abração e obrigada!

 
On 26 de março de 2010 às 22:22 , Anônimo disse...

Oi Soraya!

Eu acho que o "nó budista" é aquele que fica 'achatado'...
Concordo com você, não gosto de uma faixa preta muito fininha não. Falando da costura, como nós do meu dojo também fazemos isso de herdar faixa, muitas vezes há necessidade de cortar. O acabamento é fundamental...

Aliás, mais um comentário sobre isso: em algumas artes marciais, ou mesmo em alguns dojos de Aikido, as faixas ficam como 'troféus', não se empresta nem se dá. Como eu sempre 'herdei' faixas, acho legal pensar que, junto com elas, estamos herdando a energia de um praticante mais antigo... E isso, penso eu, é algo que estimula ainda mais o treino com a faixa 'nova'!!! Vale lembrar que no Japão não existem coloridas, então, esse pensamento é uma adaptação ocidental, né?

Beijão, que bom que pude contribuir!!! ah, estou esperando a segunda parte do texto hein... hihihi

Lúcia

 
On 8 de abril de 2010 às 10:33 , Anônimo disse...

Olá, Soraya

Muito obrigada. Já estava a ficar desesperada. com uma faixa de 3 metro ( é faixa que nunca mais acaba)e com um comentário de um shidoin, de como o meu nó estava feio.
Treinei o nó e agora fica ... bem ainda não fica, mas certamente irá ficar fantástico.
Um abraço
MikMary